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FIV: transferência de embriões congelados

A transferência de embriões é uma etapa exclusiva da FIV (fertilização in vitro), visto que esse é o único método de reprodução assistida em que a fecundação ocorre fora do organismo feminino.

Quando os embriões são gerados em meio laboratorial, sua transferência pode ser realizada de modo imediato, de acordo com as quantidades reguladas pela resolução 2168 de 2017 do Conselho Federal de Medicina (CFM), ou em ciclo futuro após congelamento e descongelamento. Os embriões excedentes devem ser congelados.

No entanto, há casos em que a transferência pode não ser realizada após a obtenção e o cultivo dos embriões, havendo a necessidade de congelá-los. O congelamento de embriões e/ou de gametas é uma forma de preservar a fertilidade do casal.

Embriões congelados podem ser posteriormente utilizados para a realização da técnica de FIV. Sua utilização, cujas regras são regulamentadas pelo CFM, é o assunto que será abordado neste artigo.

O QUE É O CONGELAMENTO DE EMBRIÕES E DE GAMETAS?

O congelamento de embriões ou criopreservação é uma técnica que evoluiu com o tempo, apresentando atualmente altas taxas de sucesso na transferência de embriões.

Congelar embriões ou gametas tanto masculinos quanto femininos é um método de preservação para posterior utilização, permitindo a extensão da realização da técnica de FIV para outros períodos.

Embriões que não foram transferidos durante o ciclo da FIV são congelados, e os pacientes devem manifestar por escrito sua intenção relacionada à utilização desses embriões, que podem ser doados, utilizados para fins de estudo, transferidos em um novo ciclo caso haja falha de implantação ou descartados após três anos.

Também pode-se realizar a técnica chamada freeze-all, que consiste no congelamento de todos os embriões gerados na etapa de fecundação da FIV. Essa técnica é considerada eficiente para solucionar possíveis falhas de implantação embrionária. Os embriões congelados são transferidos em outro ciclo menstrual, permitindo a realização de testes para analisar a receptividade endometrial.

O congelamento de gametas visa preservar a fertilidade do casal. Esses gametas podem ser doados ou utilizados para a posterior realização de técnicas de reprodução assistida.

COMO É FEITO O CONGELAMENTO DE EMBRIÕES?

Há dois métodos de congelamento: lento ou vitrificação. O congelamento não é mais utilizado, portanto só abordaremos a vitrificação.

Os embriões a serem congelados são submersos em substâncias crioprotetoras, de modo a evitar a formação de cristais de gelo no interior dos embriões conforme eles são congelados. Isso ocorre porque variações térmicas muito abruptas podem interferir no transporte de água feito através da membrana celular, propiciando a formação desses cristais. Dessa forma, as estruturas internas das células são preservadas.

O congelamento pode ser feito com uma redução progressiva da temperatura até que se atinja a temperatura almejada. Na vitrificação, o embrião é congelado de modo ultrarrápido, em um processo que tem duração total de três minutos.

Os embriões congelados são armazenados em nitrogênio líquido, podendo permanecer ali por tempo indeterminado.

criopreservação tem o objetivo de manter a integridade estrutural e viabilidade celular ao submeter essas células a baixas temperaturas. Dessa forma, sua composição e funcionalidade se mantêm inalteradas. Para serem utilizados, esses embriões devem ser descongelados.

TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES CONGELADOS NA FIV

Para serem utilizados na FIV, os embriões são descongelados. Esse processo é inverso àquele realizado na criopreservação e ocorre no mesmo dia da transferência embrionária.

Para descongelar os embriões, são retirados os compostos crioprotetores conforme a temperatura aumenta.

O útero deve ser preparado para receber o embrião. Essa preparação é feita por meio da administração de medicamentos hormonais que visam estimular o aumento da espessura do tecido endometrial, camada que reveste o interior do útero.

O endométrio é o local no qual o embrião se implanta para que a gravidez tenha início. Dessa forma, sua preparação é importante para que não haja uma falha de implantação e o embrião consiga se fixar com sucesso.

O objetivo dessa preparação, portanto, é fazer com que o endométrio fique em condições semelhantes àquelas que ocorrem durante a etapa de ovulação.

TAXAS DE SUCESSO

As altas taxas de sucesso na transferência de embriões congelados são as mesmas em comparação com embriões utilizados a fresco.

O procedimento de transferência de congelamento de embriões também visa diminuir os riscos de malformação genética e de abortos espontâneos conectados com a qualidade dos embriões. Para tal, são selecionados os melhores embriões para serem transferidos para o útero da mulher.

Além disso, a transferência de embriões congelados na FIV também diminui os riscos da síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO), que pode ocorrer durante a etapa de estimulação ovariana, representando um risco para a implantação bem-sucedida do embrião na parede uterina.

O processo de transferência de embriões congelados também é associado a riscos menores de hemorragia e partos prematuros.

A transferência de embriões congelados na FIV apresenta altas taxas de sucesso, e o uso desses embriões é regulamentado pelo CFM, seguindo princípios éticos por ele estabelecidos.

Esperamos ter esclarecido suas dúvidas acerca dessa técnica, seu funcionamento e as regras a ela relacionadas. Compartilhe esse artigo em suas redes sociais.

FIV: como é feita a transferência de embriões?

FIV (fertilização in vitro) é uma técnica de reprodução assistida cujo desenvolvimento possibilitou que casais inférteis tivessem a chance de ter filhos biológicos. Esse procedimento é realizado em cinco etapas, podendo contar com técnicas complementares que visam aumentar suas chances de sucesso.

As cinco etapas principais da FIV são: estimulação ovariana, aspiração folicular e coleta dos espermatozoides, fecundação, cultivo dos embriões e a transferência embrionária.

A FERTILIZAÇÃO IN VITRO (FIV)

A FIV, procedimento de reprodução assistida com maiores índices de sucesso da atualidade, é realizada em etapas que possibilitam o acompanhamento médico especializado em cada estágio pré e pós-concepção, visando aumentar as chances de que uma gravidez ocorra.

A etapa de estimulação ovariana, a primeira, consiste na administração de medicamentos hormonais que buscam estimular o amadurecimento de mais de um gameta feminino no mesmo ciclo de ovulação.

Esses gametas são então coletados durante a etapa de punção ovariana, que deve ocorrer ao mesmo tempo que a coleta dos espermatozoides, que geralmente é feita por masturbação.

Esses gametas são então colocados em uma placa de vidro para que a fecundação possa ocorrer naturalmente, ainda que em meio laboratorial. Atualmente, a injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) tem sido mais indicada, que consiste na inserção do espermatozoide no citoplasma do óvulo por meio de uma agulha fina (que faz parte de um instrumento chamado micromanipulador de gametas).

Os embriões gerados dessa fecundação são mantidos sob observação na etapa de cultivo embrionário, podendo ser submetidos a testes a fim de possibilitar que os melhores sejam escolhidos para a etapa final, que consiste na transferência desses embriões para o útero da paciente.

COMO É FEITA A TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA?

A etapa final da FIV visa transferir os embriões gerados em meio laboratorial para a cavidade uterina, para que possam se implantar no tecido endometrial. Essa implantação é chamada de nidação e é considerada o início da gestação.

Antes de realizar a transferência embrionária, devem ser selecionados os embriões a serem transferidos. Essa seleção é feita com base em critérios de qualidade e quantidade, sendo esse último critério regulado pela resolução n. 2168 do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Essa resolução diz que mulheres com até 35 anos devem receber o número máximo de dois embriões. Essa quantidade aumenta para três em casos de pacientes entre 35 e 40 anos e, por fim, mulheres acima dos 40 anos podem receber um máximo de quatro embriões.

Ao realizar a transferência embrionária, o profissional deve buscar causar pouco ou nenhum trauma no tecido endometrial. O procedimento não requer anestesia e deve ser realizado quando a paciente estiver de bexiga cheia, para que o líquido melhore a visualização do ultrassom ao auxiliar na propagação do som.

Os embriões são transferidos com o auxílio de um cateter fino introduzido pela vagina e que vai até a cavidade uterina. A duração aproximada da etapa de transferência embrionária é de 15 minutos.

O QUE OCORRE APÓS A TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA

Após a transferência embrionária, o embrião deve se implantar na parede uterina, na etapa chamada nidação. Caso essa implantação ocorra com sucesso, tem-se início a gestação.

A nidação é um processo que ocorre na gestação natural e também em todas as técnicas de reprodução assistida, sendo fundamental para a gravidez.

Quando a nidação ocorre com sucesso, o hormônio da gravidez, hCG, passa a ser produzido, a placenta passa a se formar e o embrião começa a se desenvolver no útero materno.

Para que a nidação ocorra com sucesso, dois fatores se fazem necessários, sendo eles a receptividade uterina e a qualidade embrionária.

Em procedimentos como a FIV é possível realizar testes que visam analisar a receptividade endometrial, a fim de determinar com maior precisão qual o melhor momento para que a transferência embrionária seja realizada.

A qualidade do embrião é determinada antes de sua transferência.

TAXA DE SUCESSO DA FIV

A FIV é o procedimento de reprodução assistida com maiores taxas de sucesso, sendo um dos mais recomendados para tratar casos variados de infertilidade. As diversas técnicas complementares contribuem para que essas taxas de sucesso sejam ainda maiores.

Há, entretanto, fatores que devem ser considerados, como a idade da paciente, que exerce influência direta na qualidade dos óvulos e, consequentemente, na qualidade do embrião, o que pode fazer com que haja chances maiores de falha de implantação.

As taxas de sucesso da FIV tendem a diminuir a partir dos 30 anos de idade.

A FIV é uma técnica de reprodução assistida cujo desenvolvimento representou uma revolução no tratamento da infertilidade, fazendo com que casais inférteis tivessem a possibilidade de ter filhos biológicos.

A divisão da FIV em etapas permite a observação de cada estágio pré e pós-fecundação, permitindo também que sejam selecionados os melhores gametas para que, dessa forma, sejam gerados embriões de qualidade para serem transferidos. Saiba mais sobre a FIV aqui.

FIV: conheça as técnicas complementares

FIV (fertilização in vitro) possibilita que muitos casais realizem o sonho de ter um filho. Ela revolucionou a medicina porque após a coleta dos gametas femininos e masculinos, a fecundação é realizada em laboratório, o que não ocorre nas outras técnicas de reprodução assistida. Com isso, ela se tornou o método que apresenta a maior taxa de sucesso e a mais indicada para casos de infertilidade graves.

No entanto, existem situações em que apenas a FIV não é suficiente. Para pacientes com idade avançada, histórico familiar de doenças genéticas e tentativas malsucedidas anteriores, o uso de técnicas complementares atuam como um suporte para esses e outros casos específicos sejam bem-sucedidos. E ainda, ajudam homens e mulheres a preservarem a sua fertilidade por meio do congelamento dos óvulos e sêmen.

Neste artigo, você vai conhecer 5 técnicas complementares da FIV. Boa leitura!

QUAIS SÃO AS TÉCNICAS COMPLEMENTARES DA FIV?

Existem várias técnicas complementares da FIV. Uma das mais conhecidas é a injeção intracitoplasmática de espermatozoides, conhecida como ICSI, em que um espermatozoide é depositado diretamente no útero da paciente. Devido aos seus resultados positivos, ela praticamente substituiu a FIV clássica e é o procedimento mais utilizado atualmente.

No entanto, existem outras técnicas que também influenciam diretamente os resultados da FIV.

PGT

O teste genético pré-implantacional (PGT) aumenta as chances de sucesso da FIV, pois analisa o material genético dos embriões antes da sua transferência para o útero da paciente.

Ele é realizado por meio de uma biópsia em cada um dos embriões para detectar a presença de doenças genéticas. Existem 3 tipos de testes genéticos pré-implantacionais:

  • PGT-A (teste de aneuploidias);
  • PGT-M (teste de doenças monogênicas) e;
  • PGT-SR (testes de rearranjos estruturais).

Cada um consegue identificar alterações nos cromossomos dos embriões e doenças genéticas distintas, como a síndrome de Down, anemia falciforme, fibrose cística, entre outras. O PGT é indicado para mulheres com mais de 35 anos, casos anteriores de abortos espontâneos e para casais que possuam (ou não) histórico de doenças genéticas na família e desejam prevenir que ela seja transmitida para os filhos.

HATCHING ASSISTIDO

Durante a fase de cultivo embrionário da FIV, uma película chamada de zona pelúcida envolve os embriões. Isso também ocorre em gravidez natural. Após alguns dias de desenvolvimento, ela se rompe para facilitar a implantação do embrião no útero.

Porém, quando o rompimento dela não acontece naturalmente, o hatching assistido pode ser realizado. Ele é indicado em situações raras e, em geral, para os casos em que a mulher tem uma idade avançada, ciclos anteriores malsucedidos e embriões de baixa qualidade.

TESTE ERA

O teste de receptividade endometrial ou simplesmente teste ERA (sigla para Endometrial Receptivity Array) avalia se o endométrio da paciente é receptivo ou não naquele momento para receber o embrião. Ou seja, ele identifica o dia ideal para a mulher fazer a transferência embrionária, que é a última etapa da FIV.

Ele é realizado por meio de uma biópsia no endométrio e é indicado para mulheres que já passaram por ciclos anteriores sem sucesso devido a problemas na fase de implantação dos embriões, pacientes com idade avançada ou que sofreram abortamentos.

CRIOPRESERVAÇÃO

A criopreservação é uma técnica que permite congelar óvulos, espermatozoides e embriões por tempo indeterminado. O material biológico não sofre nenhum efeito negativo com o procedimento de congelamento e descongelamento.

Nos últimos anos, houve um aumento do número de mulheres que optaram por congelar os seus óvulos para postergar a gravidez. Também é indicado que homens e mulheres que precisem tratar um câncer façam a criopreservação antes da quimioterapia, pois o tratamento pode afetar a fertilidade.

Além disso, os embriões que não foram utilizados na FIV devem ser criopreservados por, pelo menos, 3 anos. Se o casal não tiver interesse em usá-los no futuro, eles podem ser doados, assim como os óvulos e espermatozoides.

DOAÇÃO DE GAMETAS E EMBRIÕES

A FIV também pode ser realizada por meio de uma doação de gametas femininos (ovodoação), de sêmen ou de embriões. Ela é indicada nos casos de infertilidade masculina ou feminina que impedem a gravidez e para casais homoafetivos que podem realizar o sonho de ter um filho graças a essa técnica complementar.

Existem padrões definidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para garantir que a doação de gametas e embriões aconteça com a maior qualidade e segurança possível. As doações devem ser anônimas e voluntárias e o limite de idade para ser um doador é de 35 anos para as mulheres e de 50 anos para os homens.

A doação de óvulos é indicada, principalmente, nos casos de menopausa precoce, paciente com idade avançada ou portadoras de alguma doença genética. A doação de sêmen é feita para os casos de infertilidade masculina, como baixa qualidade ou ausência de espermatozoides no líquido seminal. E os embriões podem ser doados para casais inférteis ou para mulheres que buscam uma produção independente.

QUAL É A TAXA DE SUCESSO DA FIV?

A taxa de gravidez da FIV é de, em média, 40% por tentativa. Essa porcentagem a coloca como a técnica de reprodução assistida mais bem-sucedida atualmente. O uso das técnicas complementares aumenta as chances de sucesso de um casal engravidar em casos específicos.

Entre os fatores que mais influenciam no resultado da FIV estão a idade da mulher, a qualidade dos gametas utilizados e o diagnóstico e a duração da infertilidade.

As técnicas complementares da FIV são indicadas de acordo com a realidade de cada casal. Com o avanço da medicina, elas aumentaram as chances de sucesso de uma gravidez para os casos em que a FIV não era o suficiente e também podem ser usadas de forma isolada, como a criopreservação de gametas.

Você já conhecia essas técnicas complementares da FIV? Compartilhe esse artigo nas suas redes sociais!

Teste genético pré-implantacional (PGT) e FIV

A infertilidade é considerada um problema de saúde pública, que atinge milhares de casais em todo o mundo. Em alguns casos, o único tratamento para que eles consigam engravidar é por meio de técnicas de reprodução assistida. Atualmente, a mais utilizada é a FIV (fertilização in vitro), em que a fecundação é realizada em um laboratório.

O desenvolvimento de técnicas complementares foi importante para aumentar a sua taxa de sucesso, principalmente para casos especiais em que a FIV não era bem-sucedida. Analisando a evolução da FIV nas últimas décadas, o teste genético pré-implantacional (PGT) se destaca.

O PGT permite selecionar os embriões geneticamente antes que eles sejam transferidos para o útero materno. O exame é feito durante o processo da FIV, aumentando as chances de o bebê nascer com saúde.

Continue a leitura para saber mais sobre uma das técnicas complementares mais importantes da FIV atualmente, o PGT. Você vai conhecer as suas variações, quando ele é indicado, como ele é realizado e a sua relação com as técnicas de reprodução assistida.

O QUE É PGT?

Os primeiros testes foram realizados na década de 1990. No início, ele era usado para identificar o sexo dos embriões em casais portadores de doenças hereditárias ligadas ao cromossomo X. Com o avanço da tecnologia, a sua finalidade se tornou mais ampla. Existem 3 tipos de teste: PGT-A, PGT-M e PGT-SR. Conheça a finalidade de cada um a seguir.

PGT-A

O teste genético pré-implantacional para aneuploidias analisa alterações nos cromossomos. A aneuploidia cromossômica é uma das maiores causas de abortos espontâneos. Uma das doenças cromossômicas identificadas pelo PGT-A é a síndrome de Down, também denominada trissomia do 21, distúrbio em que há três cromossomos 21.

Ele é indicado para mulheres com idade a partir dos 35 anos, pacientes que passaram por ciclos da FIV malsucedidos ou têm histórico de abortos repetidos.

PGT-M

O PGT-M identifica os embriões que foram alterados por alguma doença monogênica hereditária. Entre os principais exemplos estão a anemia falciforme, hemofilia e a fibrose cística. O teste é recomendado para casais portadores ou que tenham histórico familiar de alguma doença hereditária.

PGT-SR

O teste genético pré-implantacional para rearranjos estruturais identifica translocações ou inversões dos cromossomos, podendo ocasionar abortos. O PGT-SR é indicado para os mesmos casos do PGT-A.

EM QUAIS SITUAÇÕES ELE É INDICADO?

O PGT é indicado, principalmente, nos seguintes casos:

  • Mulheres com mais de 39 anos;
  • Mulheres com histórico de abortamento;
  • Casais que já passaram por tentativas frustradas na FIV, especialmente devido a problemas na etapa de implantação do embrião;
  • Casais portadores de doenças hereditárias ou que tenham histórico familiar.

Durante o pré-natal, as pacientes com histórico familiar de doenças hereditárias fazem exames para identificar a presença dessas alterações no feto. Porém, caso ela seja comprovada, não há nenhuma conduta que possa ser feita para reverter a condição. Com o PGT, é possível selecionar e transferir apenas os embriões saudáveis para o útero materno por meio da técnica de FIV.

COMO O PGT É REALIZADO?

O PGT é um exame de alta complexidade e muito eficaz. Ele é realizado durante a etapa de cultivo embrionário da FIV, a partir do terceiro dia de desenvolvimento do embrião.

Uma biópsia é feita no embrião para coletar células a fim de identificar alterações nos cromossomos. Os mais analisados são os X, Y, 13, 16, 18, 21 e 22. A amostra retirada não causa nenhum dado ao embrião, que continua a se desenvolver normalmente.

Existem várias técnicas que podem ser utilizadas para analisar os materiais coletados, mas a mais utilizada é a NGS (next generation sequencing).

QUAL É O IMPACTO DO PGT NA FIV?

A FIV é a única técnica de reprodução assistida que pode ser realizada com o PGT, pois é necessário que os embriões se desenvolvam em laboratório para que a análise seja feita.

Mesmo em casos de casais que não apresentam nenhuma dificuldade em engravidar naturalmente, o passo a passo da FIV deve ser feito para que os embriões sejam analisados.

QUAL É A TAXA DE SUCESSO DA FIV?

A FIV é a técnica de reprodução assistida mais utilizada atualmente devido a sua taxa de sucesso de 40% por ciclo. O uso de técnicas complementares como o PGT aumenta as chances de o procedimento ser bem-sucedido.

O PGT diminui o risco de abortos, reduz o número de ciclos falhos da FIV e aumenta as chances de sucesso na etapa de implantação embrionária, o que, consequentemente, reflete nas chances de uma gravidez.

O teste genético pré-implantacional analisa a saúde dos embriões. Ele é indicado para casos específicos, como idade avançada da mulher, histórico de doenças hereditárias na família e abortamentos de repetição. O PGT aumenta a taxa de sucesso da FIV e evita que casais transmitam para os seus descendentes uma doença genética.

Neste artigo, você conheceu uma das técnicas complementares da FIV mais importantes atualmente. Que tal repassar esse conhecimento? Compartilhe-o com os seus amigos que estão planejando engravidar!

A FIV pode ser indicada em casos de SOP?

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das principais causas de infertilidade feminina. Ela causa um distúrbio hormonal que altera a ovulação, diminuindo as chances de uma gravidez natural. A ausência da ovulação (anovulação) pode ser tratada com a estimulação ovariana, que é uma etapa presente nas técnicas de reprodução assistida.

fertilização in vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida que apresenta a maior taxa de sucesso e, por isso, é bastante indicada em casos de infertilidade, inclusive para pacientes com SOP.

Continue a leitura para saber mais sobre essa condição e a sua relação com a FIV. Vamos lá?

O QUE É SOP?

A SOP é uma condição ligada ao sistema endócrino, muito comum durante a idade reprodutiva, e atinge cerca de 5% a 10% das mulheres. Apesar da sua relação com a infertilidade ser muito conhecida, a SOP não afeta apenas o sistema reprodutor feminino.

Ela é considerada uma doença multifatorial devido a sua influência em todo o organismo, sendo uma das causas de hirsutismo (excesso de pelos), obesidade, diabetes e hiperinsulinemia (maior resistência à insulina).

Durante o ciclo menstrual, vários folículos ovarianos se desenvolvem, mas apenas um é liberado pelo ovário, em um processo chamado ovulação. Porém, a SOP causa um desequilíbrio hormonal, fazendo com que os folículos se desenvolvam parcialmente e não se rompam. Dessa forma, eles se acumulam e formam os “ovários policísticos”.

Ou seja, a SOP é um dos fatores responsáveis pela ausência da ovulação (anovulação), que pode causar a infertilidade feminina. Como a mulher passa a ovular menos, as chances de uma gravidez são menores.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da SOP não é simples, pois não há um consenso sobre as suas causas. Porém, ele é confirmado quando existe a presença de dois dos seguintes parâmetros:

  • menstruação irregular (oligomenorreia ou anovulação);
  • distúrbio endócrino causado pelo excesso de hormônios androgênios, como a testosterona (hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial) e;
  • presença de ovários policísticos.

Ela é confirmada com base no histórico da paciente e exames, como a ultrassonografia transvaginal e o de sangue. Por meio do histórico, é possível identificar a frequência do período menstrual, o peso, a presença de acne, o excesso de pelos e a dificuldade em engravidar. A ultrassonografia é importante para verificar a presença de cistos nos ovários e o exame de sangue é utilizado para analisar os índices de colesterol, diabetes e hormônios masculinos.

TRATAMENTO

A mudança no estilo de vida da paciente tem um papel muito importante no tratamento, pois a SOP aumenta os riscos de obesidade, diabetes e hipertensão.

Além disso, existem dois tratamentos para a síndrome: o uso de anticoncepcionais hormonais e a FIV. O primeiro é utilizado para pacientes que não têm o desejo de engravidar no momento, relatam menstruação irregular e revelam pelos em excesso. E a FIV é recomendada para o tratamento de infertilidade para os casais que desejam ter filhos.

O QUE É FIV?

A FIV é uma das técnicas de reprodução assistida mais conhecidas atualmente devido aos seus bons resultados. Ela é considerada como um tratamento de alta complexidade porque a fecundação (encontro do óvulo e do espermatozoide) acontece em um laboratório. Em comparação, a inseminação artificial (IA) e a relação sexual programada (RSP) são métodos de baixa complexidade, pois a fecundação ocorre dentro do útero.

A estimulação ovariana está presente em todas as técnicas de reprodução assistida, porém, como a FIV é a que mais provoca o crescimento dos folículos, é geralmente a mais indicada para pacientes com SOP.

QUAL É A IMPORTÂNCIA DA ESTIMULAÇÃO OVARIANA NOS CASOS DE ANOVULAÇÃO?

A SOP é responsável por cerca de 40% dos casos de infertilidade feminina. Um dos tratamentos para a infertilidade causada pela anovulação é estimular a ovulação por meio de medicamentos hormonais, procedimento chamado de estimulação ovariana.

Cada mulher responde à estimulação ovariana de uma maneira diferente. Por isso, essa etapa deve ser feita com o apoio de uma equipe especializada. A realização de alguns exames para verificar a dosagem hormonal e a reserva ovariana são importantes para definir qual medicação hormonal será utilizada, sua frequência e duração.

QUAL É A TAXA DE SUCESSO DA FIV EM PACIENTES COM SOP?

A FIV tem uma taxa de sucesso de, em média, 40% por tentativa. Por isso, ela é a técnica de reprodução assistida mais bem-sucedida atualmente.

No entanto, a SOP pode prejudicar os resultados da FIV. Segundo um estudo que comparou os resultados da FIV em pacientes com SOP e mulheres com ovários normais, o primeiro grupo apresentou a menor taxa de fertilização e a maior incidência de síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO).

A SHO é uma condição na qual os ovários são estimulados em excesso, podendo afetar a saúde da mulher. Pacientes com SOP respondem com mais intensidade à estimulação ovariana porque os ovários policísticos possuem vários folículos parcialmente desenvolvidos. Com isso, a medicação hormonal estimula um número muito maior de folículos.

A SHO é uma condição rara e, para diminuir os riscos, as pacientes com SOP recebem doses reduzidas de hormônios. Apesar disso, a FIV permanece sendo o melhor tratamento para a SOP, especialmente para os casos em que a anovulação não é a única causa de infertilidade.

A SOP é uma doença multifatorial que afeta o organismo como um todo devido as suas alterações nos sistemas endócrino, metabólico e reprodutivo. A FIV pode ser indicada em casos de SOP porque a sua etapa de estimulação ovariana é a que permite o desenvolvimento de um número maior de folículos.

Muitas mulheres são diagnosticadas com SOP tardiamente e, apesar de não poder ser prevenida, um diagnóstico precoce pode evitar complicações futuras. Por isso, que tal compartilhar esse artigo nas suas redes sociais para espalhar esse conhecimento?

O que é FIV?

As técnicas de reprodução assistida possibilitaram que muitos casais realizassem o sonho de terem um filho, mesmo após o diagnóstico de infertilidade. Entre elas, a fertilização in vitro (FIV) se destaca por seus bons resultados.

O primeiro procedimento bem-sucedido da FIV aconteceu na Inglaterra em 1978. No Brasil, o primeiro bebê que nasceu por meio dessa técnica foi em 1984. Depois disso, foram desenvolvidas diversas técnicas complementares que aumentaram a taxa de sucesso da FIV e ampliaram o número de casos de infertilidade que podem ser tratados por esse método de reprodução assistida.

Neste artigo, você vai conhecer mais a FIV, suas indicações, taxa de sucesso e como ela evoluiu nas últimas décadas. Boa leitura!

O QUE É FERTILIZAÇÃO IN VITRO

A FIV é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade, pois a fecundação é realizada em laboratório. Em comparação, a relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) são consideradas de baixa complexidade porque a fecundação ocorre no corpo da mulher. Esse diferencial permite que a FIV seja indicada para casos mais graves de infertilidade e também como uma segunda opção, caso a RSP e a IA não sejam bem-sucedidas.

A técnica é realizada em 5 etapas: estimulação ovariana, coleta dos óvulos e espermatozoides, fecundação, cultivo embrionário e transferência do embrião para o útero da paciente.

O primeiro passo da FIV tem início no segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual da mulher, que começa a receber medicações hormonais para estimular o desenvolvimento dos folículos ovarianos. Quanto maior o número de folículos, maior será a quantidade de óvulos coletados e, consequentemente, de embriões gerados.

A coleta dos gametas femininos (óvulos) e masculinos (espermatozoides) é realizado no mesmo dia e preparados em laboratório para que apenas os que tiverem maior qualidade sejam usados no procedimento. Na FIV clássica, a fecundação acontece de forma espontânea quando os óvulos e os espermatozoides são colocados em uma mesma cultura. Porém, a técnica mais utilizada atualmente é a FIV por injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI).

Após a fecundação, os embriões se desenvolvem por alguns dias antes da transferência embrionária para o útero da paciente. Para saber mais detalhes sobre as etapas da FIV, temos um artigo completo sobre o passo a passo da técnica.

AS INDICAÇÕES DA FIV

A FIV é indicada para a maior parte dos diagnósticos de infertilidade feminina e masculina, assim como para os casos em que não é possível identificar uma causa aparente para a dificuldade do casal em engravidar (condição chamada de ISCA).

Ela é recomendada principalmente nos casos em que o homem apresenta alterações seminais, vasectomia ou azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen). Com relação à infertilidade feminina, ela é indicada para mulheres com endometriose, obstruções nas tubas uterinas e problemas ovulatórios.

A EVOLUÇÃO DA TÉCNICA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

Nas últimas décadas, a medicina evoluiu muito, o que refletiu na saúde da mulher e do bebê e no aumento da taxa de sucesso da técnica. Entre os principais avanços estão:

ESTIMULAÇÃO OVARIANA

O uso de hormônios para estimular o desenvolvimento de folículos ovarianos foi um grande avanço nos resultados da FIV a partir da década de 1980. O maior número de óvulos aumentava as chances de uma gravidez bem-sucedida.

CRIOPRESERVAÇÃO

Essa técnica congela material genético, como óvulos, sêmen e embriões, para que eles sejam preservados por tempo indeterminado. Ela possibilita que homens e mulheres que irão passar por um tratamento de quimioterapia ou radioterapia, menopausa precoce ou desejam postergar os planos de se tornarem pais biológicos, entre outros motivos, possam preservar a sua fertilidade.

A criopreservação também possibilitou a doação de gametas e embriões. Muitos casais inférteis, casais homoafetivos e mulheres que buscam uma produção independente optam pela doação de óvulos, sêmen e embriões para realizarem o desejo de engravidar.

ICSI

A injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), que surgiu na década de 1990, é atualmente a mais indicada. A diferença está no processo de fecundação. Na ICSI, um espermatozoide é inserido diretamente no óvulo, aumentando as suas chances de sucesso.

TESTES GENÉTICOS

Os testes genéticos tiveram um grande impacto no aumento das taxas de gravidez da FIV. Testes como o PGT (teste genético pré-implantacional) permitem identificar alterações nos cromossomos do embrião, que poderiam causar doenças genéticas, antes que ele seja transferido para o útero.

A TAXA DE SUCESSO DA FIV

Diversos fatores influenciam no sucesso de um método de reprodução assistida. Entre os principais fatores estão a idade da mulher, a qualidade do embrião utilizado no processo, o número de óvulos coletados após a estimulação ovariana e a causa da infertilidade.

Na FIV por ICSI, a chance de o bebê nascer é de 40%. Esse resultado a transformou na técnica com maior taxa de sucesso e, consequentemente, na mais utilizada atualmente.

A FIV teve uma grande evolução nas últimas décadas e a adição de técnicas complementares, como as que mostramos ao longo do artigo, aumentou as chances de sucesso nos casos em que apenas a FIV clássica não seria o suficiente.

Agora que você já sabe o que é a FIV, que tal compartilhar esse artigo com os seus amigos que também estão pensando em engravidar?

FIV: como é feita a fecundação?

Para muitos casais que sonham em engravidar, a fertilização in vitro (FIV) é a única alternativa para o tratamento da infertilidade. No Brasil, o primeiro caso de FIV aconteceu na década de 1980 e com o passar dos anos a Medicina evoluiu, diminuindo os riscos das técnicas de reprodução assistida para a saúde da mulher e do bebê.

Uma das principais diferenças da FIV para as outras técnicas de reprodução assistida, como a inseminação artificial (IA) e a relação sexual programada (RSP), acontece no momento da fecundação, que ocorre em laboratório. Saber o passo a passo da FIV é importante para tirar dúvidas e possíveis receios do casal antes de iniciar o processo.

Por isso, neste artigo, vamos mostrar como ela é realizada e a sua taxa de sucesso. Boa leitura!

O QUE É FIV

A FIV é indicada para a maior parte dos diagnósticos de infertilidade, especialmente os mais graves. Obstruções nas tubas uterinas, endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), distúrbios ovulatórios e condições ligadas a fatores masculinos são alguns dos casos em que essa técnica é indicada.

Ela também é recomendada para os casos em que não é possível identificar o motivo da infertilidade, condição conhecida como infertilidade sem causa aparente (ISCA). Como a FIV é a técnica de reprodução assistida mais avançada, é comum casais que não obtiveram sucesso com a IA ou a RSP procurarem na FIV uma segunda (ou terceira) chance de conseguirem engravidar.

O PASSO A PASSO DA FIV CLÁSSICA E POR ICSI

O ciclo da FIV acontece em 5 etapas. São elas: estimulação ovariana, aspiração folicular e coleta dos espermatozoides, fecundação, cultivo embrionário e transferência dos embriões. Saiba mais sobre cada uma delas a seguir.

ESTIMULAÇÃO OVARIANA

Em um ciclo menstrual normal, a mulher libera um óvulo para ser fecundado. Ele se desloca para as tubas uterinas e, caso o encontro com o espermatozoide aconteça, ele se torna um embrião. Caso contrário, a menstruação acontece e o ciclo se repete.

Na FIV, a estimulação ovariana tem o objetivo de aumentar o número de folículos — estruturas em que os óvulos se desenvolvem — por meio de medicações hormonais. Dessa forma, o ovário produz um número maior de folículos e, como consequência, mais óvulos serão liberados.

O crescimento dos folículos ovarianos é acompanhado por ultrassonografias e exames de dosagem hormonal até que eles atinjam 18 mm a 20 mm. Nesse momento, a paciente recebe uma dose do hormônio hCG para concluir o desenvolvimento dos óvulos.

ASPIRAÇÃO FOLICULAR E COLETA DOS ESPERMATOZOIDES

Antes que a ovulação aconteça, os óvulos são aspirados dos folículos. A paciente é anestesiada para o procedimento e é liberada no mesmo dia. A coleta dos espermatozoides também acontece nesse dia. Em geral, a coleta do sêmen é feita por masturbação. As amostras são preparadas em laboratório para que sejam usadas apenas os gametas de maior qualidade na próxima etapa.

FECUNDAÇÃO

A fecundação é o encontro do gameta feminino (óvulo) com o gameta masculino (espermatozoide). Na FIV clássica, os óvulos e os espermatozoides são colocados juntos em uma placa de cultivo para que a fecundação aconteça.

 

Já a FIV por injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) acontece de forma diferente. O espermatozoide é inserido diretamente no citoplasma do óvulo mediante uma agulha extremamente fina para realizar a fecundação. Por isso, a taxa de sucesso dessa técnica é maior do que a forma clássica.

CULTIVO EMBRIONÁRIO

Os embriões são colocados em uma cultura dentro de uma incubadora por 2 a 6 dias. Durante esse período, uma equipe especializada acompanha o desenvolvimento dos embriões para que os que tenham mais qualidade sejam transferidos na próxima etapa.

TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA

A última etapa da FIV é a transferência dos embriões para o útero da mulher, que pode ser realizada após de 2 a 6 dias do início do cultivo embrionário. O Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que podem ser transferidos entre 1 a 4 embriões, de acordo com a idade da paciente.

O procedimento é indolor, não necessita de anestesia e se assemelha a um exame ginecológico de rotina. O embrião é transferido para o útero da paciente por meio de um cateter que é inserido no colo uterino. Após 14 dias, a mulher pode fazer um exame para confirmar se está grávida.

A TAXA DE SUCESSO DA TÉCNICA

A FIV por ICSI tem uma taxa de sucesso de 40% por ciclo, o que a torna a técnica de reprodução assistida mais bem-sucedida atualmente. Os principais fatores que devem ser levados em consideração são a idade da paciente, a qualidade dos gametas femininos e masculinos e a duração e o diagnóstico da infertilidade.

Devido aos avanços da medicina, a infertilidade não é mais um empecilho para casais que desejam constituir uma família. A FIV é o tratamento com maior taxa de sucesso por ciclo entre as técnicas de reprodução assistida, mesmo em casos graves de infertilidade. É essencial que as suas 5 etapas sejam acompanhadas por uma equipe especializada para cuidar da saúde da mulher e do bebê.

Agora que você já sabe como é feita a fecundação na FIV, compartilhe esse artigo nas redes sociais!

Quais são as taxas de sucesso da FIV?

A maioria das mulheres (e casais), em determinado momento, buscam a maternidade, mas nem todas conseguem devido a problemas de infertilidade.

Por isso, técnicas de reprodução assistida são recursos importantes atualmente que ajudam esses casais inférteis ou pessoas em busca de produção independente a realizarem o sonho de ter um filho.

Uma das metodologias mais buscadas por quem quer ter um filho é a fertilização in vitro (FIV), principalmente em razão de suas altas taxas de sucesso.

Leia nosso texto e conheça quais são as taxas de sucesso da FIV, que dependem principalmente da idade da mulher que produzirá os óvulos.

CONHECENDO A FIV

A FIV é uma técnica de reprodução assistida cujo objetivo é tratar a infertilidade ou possibilitar que pessoas solteiras ou casais homoafetivos possam ter filhos.

Ela consiste em fecundar o óvulo com o espermatozoide em ambiente controlado de laboratório, cultivar os embriões durante o desenvolvimento e posteriormente transferi-los ao útero da mulher.

Hoje, a FIV é um tratamento muito indicado para casais que apresentam dificuldades para engravidar. As taxas de sucesso da FIV são altas, e essa técnica de reprodução assistida é uma das que trazem os melhores resultados.

ETAPAS DA FIV

A FIV tem 5 etapas básicas (do procedimento em si), mas diversas outras são necessárias, como a consulta com o especialista para investigação das causas e diagnóstico.

Também existem técnicas e procedimentos que podem ser indicados durante a FIV, como teste genético pré-implantacional (PGT) e teste de receptividade endometrial (ERA), de acordo com cada caso.

Suas etapas são:

  • Consulta médica;
  • Investigação da infertilidade por meio de exames específicos;
  • Estimulação ovariana (etapa 1 da FIV);
  • Punção folicular e coleta dos espermatozoides (etapa 2 da FIV);
  • Fecundação (etapa 3 da FIV);
  • Cultivo embrionários (etapa 4 da FIV);
  • Transferência de embriões (etapa 5 da FIV);
  • Congelamento de embriões excedentes (etapa obrigatória se restarem embriões);
  • Teste de gravidez.

As taxas de sucesso da FIV são altas devido a diversos fatores, inclusive de técnicas complementares, e cada casal pode ter indicações diferentes.

O processo começa na consulta médica e na investigação da infertilidade.

Com base na anamnese, o médico solicita exames específicos que oferecem resultados importantes para a avaliação da fertilidade, tanto masculina como feminina, e indicação da melhor técnica de reprodução assistida para o caso.

Se a indicação for de FIV, o casal recebe toda a orientação dos próximos passos.

Então é realizada a estimulação ovariana por meio do uso de medicamentos hormonais, que estimulam os ovários a produzirem um número maior de folículos, espécie de bolsas que contêm os óvulos.

Essa etapa é monitorada por ultrassonografias seriadas. A mulher vai à clínica periodicamente para realizar o exame. Quando os folículos atingem o tamanho ideal, a mulher recebe uma dose de hCG, hormônio que provoca a maturação dos folículos.

Cerca de 36h depois eles já podem ser retirados para a fecundação.

No momento da punção folicular é feita a coleta e a preparação do sêmen, que seleciona os melhores espermatozoides para a fecundação.

Os gametas masculinos e femininos são então manipulados no laboratório para que ocorra a fecundação. Há duas formas: clássica e injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI).

Na clássica, os gametas são colocados juntos em uma placa de cultura com meio de cultivo para que fecundem de maneira espontânea. Na ICSI, os espermatozoides são um a um injetados dentro de cada óvulo obtido.

Após a fecundação, os embriões são mantidos por alguns dias, dependendo da estratégia de transferência, em incubadoras que simulam o ambiente uterino.

Depois desse período, eles podem ser transferidos ao útero da mulher, procedimento realizado em ambiente ambulatorial, sem a necessidade de internação.

Passados cerca de 12 dias, é realizado um teste de gravidez para verificar o sucesso da técnica.

MOTIVOS PELAS QUAIS A FIV TEM ALTAS TAXAS DE SUCESSO

As taxas de sucesso da FIV são altas principalmente quando o especialista faz uma boa investigação da infertilidade e a melhor indicação não só da FIV, mas de técnicas complementares para resolver problemas específicos do casal, como o teste genético pré-implantacional, que evita uma série de alterações que podem dificultar a implantação do embrião no útero.

Para isso, é importante realizar cada um dos passos até a conclusão da técnica, iniciando com a consulta médica e terminando com o teste de gravidez e início do pré-natal.

Atualmente existem diversos estudos que visam acompanhar as taxas de sucesso da FIV.

Os mais diferentes tipos de levantamentos científicos demonstram que a FIV possui altas taxas de sucesso, principalmente de acordo com a idade da mulher.

FATORES QUE INTERFEREM NAS TAXAS DE SUCESSO DA FIV

Os principais fatores que podem atrapalhar e/ou reduzir as taxas de sucesso da FIV são:

  • Causas da infertilidade;
  • Idade da mulher.

Na FIV, casais podem fazer uso de óvulos ou espermatozoides doados que sejam mais compatíveis à vida do que seus próprios gametas, que são as principais causas de infertilidade em homens e mulheres no mundo do todo.

Além disso, é preciso levar em consideração a idade da mulher. As chances de sucesso diminuem a partir dos 35 anos.

TÉCNICAS COMPLEMENTARES QUE AUMENTAM AS CHANCES DE SUCESSO DA FIV

Outras técnicas podem potencializar e consequentemente aumentar as taxas de sucesso da FIV. As principais são:

  • Doação de gametas e embriões;
  • Teste genético pré-implantacional;
  • Criopreservação;
  • Teste de receptividade endometrial;
  • Hatching assistido.

Dessa forma, de modo gera, pode-se dizer que as taxas de sucesso da FIV giram em torno de 40%.

Agora que você já sabe quais são as taxas de sucesso da FIV, te convidamos a compartilhar esse conteúdo em suas redes sociais para que mais casais que têm o desejo de ter filhos saibam como é possível alcançar esse sonho.

Mulheres com endometriose podem fazer FIV?

A endometriose é uma doença que pode levar a mulher à infertilidade, embora isso não ocorra em todos os casos. É necessário avaliar individualmente para encontrar e melhor indicação de tratamento.

fertilização in vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida mais realizada no mundo atualmente. Trata-se de uma técnica que permite a fecundação dos óvulos pelos espermatozoides em laboratório, aumentando as chances de gravidez.

Nem sempre a FIV pode ser indicada de início. Dependendo das características da endometriose, é fundamental tratá-la.

Quer saber mais sobre a relação entre endometriose e FIV? Continue lendo o texto.

O QUE É ENDOMETRIOSE?

A endometriose é uma doença inflamatória, crônica e estrogênio-dependente, portanto se desenvolve durante a vida fértil da mulher e regride após a menopausa, quando a reserva ovariana termina e a produção de estrogênio diminui.

A endometriose é uma doença complexa que pode afetar não somente o sistema reprodutor feminino como também outros órgãos, embora seja mais incomum.

Trata-se de uma doença que se caracteriza pela presença de tecido semelhante ao endometrial (tecido que forma o endométrio, camada interna do útero) em outros órgãos do corpo feminino, principalmente da região pélvica, como útero, ovários, tubas uterinas e bexiga, causando os sintomas particulares da doença e outros.

Essa doença tem características que podem vir a prejudicar a fertilidade feminina de diversas formas. O endométrio é a camada que reveste a parede uterina. Ele pode variar de espessura de acordo com a etapa do ciclo menstrual da mulher.

Sua função é permitir o alojamento do embrião na parede do útero durante a fase conhecida como nidação. Ele também permite a formação da placenta, que será responsável pela nutrição e proteção do bebê durante a gravidez.

Entretanto, há casos em que esse tecido migra ou aparece em regiões incomuns, estimulando a produção de fatores inflamatórios e podendo causar infertilidade.

COMO ELA PODE AFETAR A FERTILIDADE

A endometriose pode afetar a fertilidade da mulher de diversas formas. Ela tem influência na ação dos hormônios durante o processo de ovulação, podendo alterá-los de forma a prejudicar a fertilidade.

A ovulação é o período mais importante do ciclo menstrual, e é por vezes chamada de período fértil, pois é durante essa fase que o óvulo se encontra maduro para ser fecundado.

Esse procedimento envolve a ação de diversos hormônios e, quando não estão agindo em harmonia, podem ter influência no amadurecimento do óvulo e funcionamento dos ovários.

A endometriose pode prejudicar a liberação do óvulo em direção às tubas uterinas, também chamadas trompas de Falópio, dificultando, dessa forma, a fecundação. Ela também pode interferir no transporte do óvulo até as tubas uterinas.

A doença também tem influência na receptividade endometrial, ou seja, na preparação do útero para receber o embrião. Quando isso ocorre, a implantação do embrião pode não acontecer ou ser dificultada, fazendo com que a gestação não ocorra.

COMO É REALIZADA A FIV?

A FIV se inicia com a estimulação ovariana. A paciente faz uso de medicamentos hormonais para que seus ovários produzam uma quantidade maior de folículos, necessário para aumentar as chances de sucesso da FIV.

Quando esses folículos estão nas dimensões adequadas, a mulher recebe uma dose de hCG, hormônio que provoca a maturação dos folículos.

Aproximadamente 35h depois do hCG, é feita a punção folicular, retirada dos folículos diretamente dos ovários. Os folículos são enviados para análise, identificação e separação dos óvulos, que são fecundados pelos espermatozoides, coletados simultaneamente.

A fecundação pode ser feita pelo método clássico ou por injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI).

No primeiro método, óvulos e espermatozoides fecundam em uma placa de cultivo. No segundo, cada espermatozoide selecionado é injetado em cada um dos óvulos, aumentando as chances de fecundação.

Os embriões formados são monitorados por alguns dias até serem transferidos ao útero da mulher.

Cada etapa da FIV é acompanhada por uma equipe especializada.

QUANDO MULHERES COM ENDOMETRIOSE PODEM FAZER FIV E COMO OBTER UMA BOA TAXA DE SUCESSO

A realização da FIV em mulheres com endometriose dependerá do grau e da localização da doença, assim como ocorre com os miomas uterinos.

O médico analisa a paciente a fim de decidir se a FIV poderá ser realizada. O procedimento de estimulação e coleta de óvulos é semelhante em pacientes com endometriose.

Se houver o risco de a endometriose afetar o transporte de óvulos e embriões ou a implantação do embrião no útero, assim como o desenvolvimento do feto, pode ser necessária uma cirurgia antes da FIV.

A endometriose profunda, forma mais grave de manifestação dessa doença, exige, em muitos casos, o tratamento cirúrgico das lesões endometriais. Esse tratamento também auxiliará a aliviar os sintomas.

Fatores como a idade da mulher e as taxas de sucesso de tratamentos realizados anteriormente também serão analisados.

Caso a mulher já tenha realizado alguma técnica de reprodução assistida e não tenha obtido o resultado desejado, ou seja, a gravidez, o médico poderá também considerar a operação da endometriose.

Também pode ser necessária a realização de ajustes das doses dos hormônios utilizados durante a fase de estimulação ovariana, especialmente em casos nos quais há um comprometimento ovariano.

Esse ajuste tem a finalidade de controlar a ação dos hormônios no corpo da mulher, já que a ação da endometriose pode comprometer as chances de engravidar ao alterar a forma como os hormônios agem no corpo.

A FIV pode ser uma alternativa para mulheres que apresentam problemas de infertilidade e têm o sonho de engravidar. O médico deve realizar a análise da paciente para indicar o método mais adequado, de acordo com seu histórico clínico.

Há ainda muita desinformação acerca da FIV e da endometriose. Por isso, compartilhe esse texto em suas redes sociais para auxiliar mais mulheres a entender essa relação.

O que é estimulação ovariana?

A infertilidade feminina pode ser causada por diversos fatores. Um dos motivos mais comuns pelos quais uma mulher não consegue engravidar é a anovulação, condição em que não há a liberação do óvulo para que possa ser fecundado por um espermatozoide nas tubas uterinas.

Para casais que têm dificuldades para engravidar e quer ser mãe, a estimulação ovariana pode ser a melhor indicação. O tratamento possibilita que a mulher volta a ovular e possa ter filhos.

Continue a leitura e saiba mais sobre a estimulação ovariana.

O que é a estimulação ovariana e qual é seu objetivo?

A estimulação ovariana é uma técnica que consiste na utilização de hormônios para estimular os folículos ovarianos a se desenvolverem e consequentemente liberarem mais óvulos para que possam ser fecundados por espermatozoides.

Normalmente, os hormônios são ministrados sob a forma de injeções subcutâneas ou por via oral. A estimulação ovariana é um dos passos realizados dentro dos procedimentos de fertilização in vitro (FIV), inseminação artificial (IA), também chamada inseminação intrauterina (IIU), e na relação sexual programada (RSP).

O principal objetivo do processo de estimulação ovariana é aumentar as taxas de sucesso de tratamentos de infertilidade, uma vez que estimula o crescimento de folículos, o que aumenta o número de óvulos disponíveis para fecundação que podem formar embriões capazes de se implantarem na parede uterina.

Como é realizada a estimulação ovariana?

A estimulação ovariana consiste basicamente em fazer uso de fármacos que aceleram o processo de maturação e consequente liberação de óvulos, com o intuito de que possam ser fecundados ou então retirados para realização de fecundação em laboratório em ciclos de FIV.

A estimulação ovariana ocorre de modo particular para cada caso, levando em conta o motivo da infertilidade da paciente.

No caso de pacientes que se submetem à estimulação ovariana e têm indicação de relação sexual programada, é importante que haja acompanhamento por ultrassonografia (controle ultrassonográfico do desenvolvimento dos folículos), como forma de avaliar se os ovários estão respondendo bem ao estímulo ou se então é necessário que haja um aumento da dose dos remédios.

Assim, quando os folículos alcançam o tamanho adequado, são ministrados hormônios para indução da ovulação, e, nessa data, o casal é orientado a manter relações sexuais, pois existem maiores chances de fecundação.

Como é feita a estimulação ovariana na FIV?

A FIV é uma técnica de alta complexidade que garante bons resultados a quem tem o desejo de ser mãe. Ela é dividida nos seguintes passos:

  • Consulta médica prévia para avaliar as necessidades da paciente;
  • Realização de exames laboratoriais;
  • Estimulação ovariana;
  • Coleta dos óvulos e dos espermatozoides;
  • Fecundação;
  • Cultivo embrionário;
  • Transferência de embriões;
  • Teste de gravidez para avaliar se a FIV foi bem-sucedida.

Como é fácil notar, a estimulação ovariana é um dos passos importantes da FIV.

Nessa metodologia, a estimulação ovariana é feita por meio de medicamentos. Em média, a mulher recebe doses medicamentosas entre 7 e 9 dias, além de um acompanhamento paralelo de exame de ultrassom.

A realização do ultrassom serve para medir e contar a quantidade de folículos e saber qual é o momento ideal para a punção folicular. Os folículos só devem ser retirados quando alcançam o tamanho de 18 milímetros ou mais.

Passada essa etapa, eles são coletados e tratados em laboratório, para que possam ser fecundados e posteriormente transferidos ao útero para que o processo gestacional possa ocorrer normalmente.

Quais são as possíveis consequências?

Embora a estimulação ovariana seja considerada uma técnica segura, as mulheres que se submetem a esse tipo de tratamento podem sofrer a síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO), sendo essa uma condição muito rara atualmente devido a todo o controle feito durante o procedimento.

Essa síndrome ocorre devido à utilização de medicamentos que estimulam os ovários a produzirem um número maior de óvulos. Mulheres que desenvolvem essa complicação costumam apresentar inchaços, dores abdominais e náuseas seguidas de vômitos. Os sintomas geralmente perduram por alguns dias.

A SHO normalmente ocorre em mulheres que apresentam uma resposta ovariana excessiva – produzindo mais de 20 folículos. Essa resposta normalmente vem acompanhada de uma produção excessiva de estrogênio.

Quando a mulher desenvolve a SHO, deve ocorrer de maneira conjunta um acompanhamento médico, pois é necessário que um tratamento especializado seja feito.

Outro ponto importante é que o processo gestacional não pode ocorrer nesse ciclo. Dessa forma, todos os embriões formados devem ser congelados e transferidos somente quando a SHO não estiver mais presente no organismo feminino.

Se você tem o desejo de ser mãe e agora tem conhecimento sobre a técnica de estimulação ovariana, compartilhe esse texto nas redes sociais para quem mais mulheres saibam que é possível engravidar.