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FIV: como é feita a fecundação?

15 de junho de 2019

Para muitos casais que sonham em engravidar, a fertilização in vitro (FIV) é a única alternativa para o tratamento da infertilidade. No Brasil, o primeiro caso de FIV aconteceu na década de 1980 e com o passar dos anos a Medicina evoluiu, diminuindo os riscos das técnicas de reprodução assistida para a saúde da mulher e do bebê.

Uma das principais diferenças da FIV para as outras técnicas de reprodução assistida, como a inseminação artificial (IA) e a relação sexual programada (RSP), acontece no momento da fecundação, que ocorre em laboratório. Saber o passo a passo da FIV é importante para tirar dúvidas e possíveis receios do casal antes de iniciar o processo.

Por isso, neste artigo, vamos mostrar como ela é realizada e a sua taxa de sucesso. Boa leitura!

O QUE É FIV

A FIV é indicada para a maior parte dos diagnósticos de infertilidade, especialmente os mais graves. Obstruções nas tubas uterinas, endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), distúrbios ovulatórios e condições ligadas a fatores masculinos são alguns dos casos em que essa técnica é indicada.

Ela também é recomendada para os casos em que não é possível identificar o motivo da infertilidade, condição conhecida como infertilidade sem causa aparente (ISCA). Como a FIV é a técnica de reprodução assistida mais avançada, é comum casais que não obtiveram sucesso com a IA ou a RSP procurarem na FIV uma segunda (ou terceira) chance de conseguirem engravidar.

O PASSO A PASSO DA FIV CLÁSSICA E POR ICSI

O ciclo da FIV acontece em 5 etapas. São elas: estimulação ovariana, aspiração folicular e coleta dos espermatozoides, fecundação, cultivo embrionário e transferência dos embriões. Saiba mais sobre cada uma delas a seguir.

ESTIMULAÇÃO OVARIANA

Em um ciclo menstrual normal, a mulher libera um óvulo para ser fecundado. Ele se desloca para as tubas uterinas e, caso o encontro com o espermatozoide aconteça, ele se torna um embrião. Caso contrário, a menstruação acontece e o ciclo se repete.

Na FIV, a estimulação ovariana tem o objetivo de aumentar o número de folículos — estruturas em que os óvulos se desenvolvem — por meio de medicações hormonais. Dessa forma, o ovário produz um número maior de folículos e, como consequência, mais óvulos serão liberados.

O crescimento dos folículos ovarianos é acompanhado por ultrassonografias e exames de dosagem hormonal até que eles atinjam 18 mm a 20 mm. Nesse momento, a paciente recebe uma dose do hormônio hCG para concluir o desenvolvimento dos óvulos.

ASPIRAÇÃO FOLICULAR E COLETA DOS ESPERMATOZOIDES

Antes que a ovulação aconteça, os óvulos são aspirados dos folículos. A paciente é anestesiada para o procedimento e é liberada no mesmo dia. A coleta dos espermatozoides também acontece nesse dia. Em geral, a coleta do sêmen é feita por masturbação. As amostras são preparadas em laboratório para que sejam usadas apenas os gametas de maior qualidade na próxima etapa.

FECUNDAÇÃO

A fecundação é o encontro do gameta feminino (óvulo) com o gameta masculino (espermatozoide). Na FIV clássica, os óvulos e os espermatozoides são colocados juntos em uma placa de cultivo para que a fecundação aconteça.

 

Já a FIV por injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) acontece de forma diferente. O espermatozoide é inserido diretamente no citoplasma do óvulo mediante uma agulha extremamente fina para realizar a fecundação. Por isso, a taxa de sucesso dessa técnica é maior do que a forma clássica.

CULTIVO EMBRIONÁRIO

Os embriões são colocados em uma cultura dentro de uma incubadora por 2 a 6 dias. Durante esse período, uma equipe especializada acompanha o desenvolvimento dos embriões para que os que tenham mais qualidade sejam transferidos na próxima etapa.

TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA

A última etapa da FIV é a transferência dos embriões para o útero da mulher, que pode ser realizada após de 2 a 6 dias do início do cultivo embrionário. O Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que podem ser transferidos entre 1 a 4 embriões, de acordo com a idade da paciente.

O procedimento é indolor, não necessita de anestesia e se assemelha a um exame ginecológico de rotina. O embrião é transferido para o útero da paciente por meio de um cateter que é inserido no colo uterino. Após 14 dias, a mulher pode fazer um exame para confirmar se está grávida.

A TAXA DE SUCESSO DA TÉCNICA

A FIV por ICSI tem uma taxa de sucesso de 40% por ciclo, o que a torna a técnica de reprodução assistida mais bem-sucedida atualmente. Os principais fatores que devem ser levados em consideração são a idade da paciente, a qualidade dos gametas femininos e masculinos e a duração e o diagnóstico da infertilidade.

Devido aos avanços da medicina, a infertilidade não é mais um empecilho para casais que desejam constituir uma família. A FIV é o tratamento com maior taxa de sucesso por ciclo entre as técnicas de reprodução assistida, mesmo em casos graves de infertilidade. É essencial que as suas 5 etapas sejam acompanhadas por uma equipe especializada para cuidar da saúde da mulher e do bebê.

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