14 de agosto de 2023
A infertilidade feminina pode ser causada por diversos fatores. Um dos motivos mais comuns pelos quais uma mulher não consegue engravidar é a anovulação, condição em que não há a liberação do óvulo para que possa ser fecundado por um espermatozoide nas tubas uterinas.
Para casais que têm dificuldades para engravidar e quer ser mãe, a estimulação ovariana pode ser a melhor indicação. O tratamento possibilita que a mulher volta a ovular e possa ter filhos.
Continue a leitura e saiba mais sobre a estimulação ovariana.
O que é a estimulação ovariana e qual é seu objetivo?
A estimulação ovariana é uma técnica que consiste na utilização de hormônios para estimular os folículos ovarianos a se desenvolverem e consequentemente liberarem mais óvulos para que possam ser fecundados por espermatozoides.
Normalmente, os hormônios são ministrados sob a forma de injeções subcutâneas ou por via oral. A estimulação ovariana é um dos passos realizados dentro dos procedimentos de fertilização in vitro (FIV), inseminação artificial (IA), também chamada inseminação intrauterina (IIU), e na relação sexual programada (RSP).
O principal objetivo do processo de estimulação ovariana é aumentar as taxas de sucesso de tratamentos de infertilidade, uma vez que estimula o crescimento de folículos, o que aumenta o número de óvulos disponíveis para fecundação que podem formar embriões capazes de se implantarem na parede uterina.
Como é realizada a estimulação ovariana?
A estimulação ovariana consiste basicamente em fazer uso de fármacos que aceleram o processo de maturação e consequente liberação de óvulos, com o intuito de que possam ser fecundados ou então retirados para realização de fecundação em laboratório em ciclos de FIV.
A estimulação ovariana ocorre de modo particular para cada caso, levando em conta o motivo da infertilidade da paciente.
No caso de pacientes que se submetem à estimulação ovariana e têm indicação de relação sexual programada, é importante que haja acompanhamento por ultrassonografia (controle ultrassonográfico do desenvolvimento dos folículos), como forma de avaliar se os ovários estão respondendo bem ao estímulo ou se então é necessário que haja um aumento da dose dos remédios.
Assim, quando os folículos alcançam o tamanho adequado, são ministrados hormônios para indução da ovulação, e, nessa data, o casal é orientado a manter relações sexuais, pois existem maiores chances de fecundação.
Como é feita a estimulação ovariana na FIV?
A FIV é uma técnica de alta complexidade que garante bons resultados a quem tem o desejo de ser mãe. Ela é dividida nos seguintes passos:
Como é fácil notar, a estimulação ovariana é um dos passos importantes da FIV.
Nessa metodologia, a estimulação ovariana é feita por meio de medicamentos. Em média, a mulher recebe doses medicamentosas entre 7 e 9 dias, além de um acompanhamento paralelo de exame de ultrassom.
A realização do ultrassom serve para medir e contar a quantidade de folículos e saber qual é o momento ideal para a punção folicular. Os folículos só devem ser retirados quando alcançam o tamanho de 18 milímetros ou mais.
Passada essa etapa, eles são coletados e tratados em laboratório, para que possam ser fecundados e posteriormente transferidos ao útero para que o processo gestacional possa ocorrer normalmente.
Quais são as possíveis consequências?
Embora a estimulação ovariana seja considerada uma técnica segura, as mulheres que se submetem a esse tipo de tratamento podem sofrer a síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO), sendo essa uma condição muito rara atualmente devido a todo o controle feito durante o procedimento.
Essa síndrome ocorre devido à utilização de medicamentos que estimulam os ovários a produzirem um número maior de óvulos. Mulheres que desenvolvem essa complicação costumam apresentar inchaços, dores abdominais e náuseas seguidas de vômitos. Os sintomas geralmente perduram por alguns dias.
A SHO normalmente ocorre em mulheres que apresentam uma resposta ovariana excessiva – produzindo mais de 20 folículos. Essa resposta normalmente vem acompanhada de uma produção excessiva de estrogênio.
Quando a mulher desenvolve a SHO, deve ocorrer de maneira conjunta um acompanhamento médico, pois é necessário que um tratamento especializado seja feito.
Outro ponto importante é que o processo gestacional não pode ocorrer nesse ciclo. Dessa forma, todos os embriões formados devem ser congelados e transferidos somente quando a SHO não estiver mais presente no organismo feminino.
Se você tem o desejo de ser mãe e agora tem conhecimento sobre a técnica de estimulação ovariana, compartilhe esse texto nas redes sociais para quem mais mulheres saibam que é possível engravidar.